Disfunção Erétil

Senior doctor writing notes on clipboard during examination of young couple with fertility illness in hospital office and nurse holding patient x-ray.

De acordo com os dados mais recentes da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), através de um estudo em 22 cidades brasileiras, 44% dos homens do país possuem disfunção erétil. A doença pode ser definida como a incapacidade de manter uma ereção que permita penetração e uma relação sexual satisfatória para ambos envolvidos. Além disso, foi descoberto que 56% dos homens que sofrem com o problema afirmaram ser hipertensos, 19% diabéticos, 13% têm colesterol alto e, ainda, 12% deles são cardíacos.

A prevalência de DE aumenta com a idade sendo que apenas um em cada 50 homens abaixo dos 40 anos tem DE; entretanto, esta relação com a idade, um em cada quatro homens com 65 anos apresenta este problema sexual. Geralmente, a DE em homens novos é de origem psicológica e em homens mais idosos é consequência das doenças físicas associadas já citadas. Mas pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais frequente nos idosos.

O médico urologista e andrologista, Dr. Rafael De Conti explica que não há uma causa única para o problema e que a Disfunção Erétil (DE), é multifatorial, sendo que temos as causas orgânicas e as psíquicas.

As causas orgânicas incluem a influência dos hábitos de vida (sedentarismo, obesidade, estresse, fumo, álcool, drogas), doenças crônicas (diabetes, hipertensão, cardiopatias, colesterol alto, doenças neurológicas, doenças hormonais, insuficiência renal, doenças pulmonares), uso crônico de medicamentoss e doenças psíquicas (depressão, ansiedade).

A DE de causa psicogênica pode estar relacionada a estresse emocional, coerção sexual, coerção pré-puberal, problemas de relacionamento como conflitos conjugais e separações, problemas com emprego como o desemprego e diminuição da renda, depressão, insatisfação com a vida e atitude pessimista.

O objetivo inicial do diagnóstico pelo Urologista é distinguir DE de origem psicogênica, orgânica ou mista. Sistematicamente é realizado anamnese, exame físico e exames laboratoriais como glicemia, perfil lipídico e dosagens hormonais .

Como não há uma única causa, o tratamento para o problema é dependente da causa. Quando a causa é física incluem o uso de medicações orais, de medicações intra-cavernosas (que são medicamentos injetados no pênis) e, em último caso, o implante de próteses penianas. Quando a causa é psíquica incluem o uso de medicações pertinentes com o diagnóstico  psiquiátrico e também a psicoterapia. Em alguns casos há uma associação de doenças orgânicas e psíquicas, fazendo-se, então, a terapia combinada, que é a associação de medicamentos com psicoterapia. A solução mais eficiente é dependente da causa. Para os pacientes com problemas psicológicos  a psicoterapia funciona muito bem, às vezes associada a medicamentos. Já para os pacientes com DE secundária a doenças orgânicas (como exemplo hipertensão, diabetes, colesterol alto e cardiopatias), os medicamentos inibidores da fosfodiesterase são muito eficientes.

Os medicamentos inibidores da fosfodiesterase são a Sildenafila, a Vardenafila, a Lodelafila e a Tadalafila, existindo atualmente inúmeros nomes comerciais no mercado farmacêutico.

As injeções intra-cavernosas incluem medicamentos conhecidos como prostaglandina, fentolamina e papaverina, sendo um  segundo recurso de tratamento usado pelos Urologistas.

. Nos casos refratários ao tratamento clínico está indicado o implante de próteses penianas, que é um ótimo recurso para os casos de DE em que não houve sucesso com o tratamento com medicamentos orais ou com<logo uromais.png> medicações intra-cavernosas.

O que são próteses de pênis?

As próteses são confeccionadas por um fio de prata revestido por silicone, maleável e confortável, conciliando ereção peniana com excelente resultado estético. Estas próteses são introduzidas cirurgicamente pelo Urologista dentro dos corpos cavernosos.  Temos também próteses infláveis, que evoluíram ainda de forma mais marcante que as maleáveis. Elas são constituídas por mecanismos hidráulicos contidos por silicone. Os cilindros destas próteses expandem-se em diâmetro e resultam em ereção plena. Existem dois tipos de próteses infláveis, as de dois ou três volumes. As primeiras são compostas pelos cilindros e por um reservatório, que também funciona como bomba para enchê-los; nas segundas, reservatório e bomba ficam em compartimentos distintos. O índice de sucesso de implante de próteses penianas é muito alto, atingindo 90% com as próteses maleáveis e 85% com as infláveis.

Mas, a melhor forma é prevenir!

Como forma de evitar o problema, Dr. Rafael De Conti destaca que os homens podem agir prevenindo e tratando as doenças mais frequentes que são a hipertensão, o diabetes, o colesterol alto e as doenças do coração. “A prevenção e combate ao sedentarismo, à obesidade, ao estresse e aos vícios é de suma importância, devendo ser uma prioridade nas políticas de saúde pública”, ressalta.

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