FALAREMOS HOJE SOBRE A DISFUNÇÃO ERÉTIL DE CAUSA PSICOGÊNICA.
Existem na literatura médica vários estudos populacionais quecomprovam que 95% dos brasileiros considera o sexo relevante para a saúde de um casal. Porém, 50% dessa população confessa não considerar sua vida sexual satisfatória!!! As dificuldades sexuais são frequentes e comprometem o desempenho e a satisfação de muitos, em diferentes etapas da vida.
Entre as dificuldades sexuais masculinas, uma se destaca pela sua prevalência, especialmente entre os homens acima dos 40 anos. Trata-se da disfunção erétil, ou seja, a incapacidade de o homem obter e/ou manter ereção suficiente para terminar o ato sexual com satisfação.
Quando temos falhas eventuais, isoladas, decorrentes de cansaço, preocupação ou falta de atração, não constituem disfunção erétil, sendo reações naturais ao estresse de um dado momento ou a um desinteresse transitório. Por incrível que pareça, muitos homens no consultório do urologista ficam muito preocupados por falhar uma vez! Pois fiquem sabendo que é muito normal ter eventualmente alguma falha por motivos diversos de origem emocional!
Chamamos, portanto, de disfunção erétil quando existem falhas a intervalos regulares, isto é, repetidas vezes. Quanto menores os intervalos entre as falhas, mais grave é a disfunção. Assim, ela pode ser classificada, de acordo com o grau de intensidade, em: leve, moderada e grave.
Independentemente da intensidade, essa disfunção repercute no relacionamento do casal: a mulher passa a se responsabilizar e perde a autoestima, por imaginar que seu parceiro já não se sente mais atraído por ela. Existem também casos em que a parceira (o) desconfia de que ele mantém outro relacionamento e, por isso, não consegue satisfazê-la como antes. Algumas passam a investigar a vida dos parceiros, inconformadas porque eles evitam o sexo. Não é infrequente eu chamar a parceira no consultório para deixa-las calmas e explicar a situação!
Muito importante aqui que, para prevenirmos disfunção erétil de causa psicogênica, é preciso incentivar educação sexual administrada pelos pais e pela escola! Lógico que de forma responsável! Isto garante autoconfiança, autoestima, com controle de mitos, tabus, preconceitos ou idéias erradas a respeito da nossa sexualidade.
Todas as nossas emoções influenciam a libido (e principalmente as ereções). De forma que, o estresse, portanto, pode ter total relação com um problema de disfunção erétil psicológica. O estilo de vida da pessoa, seus hábitos e seu estado psicológico também são fatores essenciais para a libido e para a qualidade da ereção.
Mas como o estresse e a ansiedade podem diminuir a excitação e a ereção? Quando estamos preocupados com um problema ou situação, a nossa atividade cerebral se intensifica de forma que, logicamente você terá uma “disponibilidade” menor ao lazer, à sexualidade e ao prazer sexual. Quando estamos depressivos ou estamos muito tristes, nosso entusiasmo diminui: perdemos o desejo de fazer as coisas, pois não temos a energia necessária.
Uma das reações físicas ao estresse é alterar a sintetização de neurotransmissores no nosso cérebro, tais como serotonina, dopamina e ocitocina. Esses neurotransmissores, que estão envolvidos na ansiedade, no estresse e na depressão, também possuem função importante na excitação e na ereção.
Além disso, o estado de tensão provocado pelo estresse também propicia a liberação de adrenalina. E isso estimula a contração de certas partes do organismo, prejudicando a dilatação das artérias: o sangue, portanto, circula em um ritmo menor e estas condições trazem não só repercussões físicas ao cérebro, mas também à circulação sanguínea no pênis!
Entretanto, nem todos os indivíduos são iguais quando expostos aoestresse. Enquanto alguns acabam desenvolvendo uma disfunção erétil ou certos problemas sexuais, outros aprendem a lidar normalmente com o estresse.
Após o primeiro episódio de disfunção erétil é comum aumentar o stress e a preocupação com um novo episódio de disfunção. Assim, a próxima relação vem carregada de mais stress e medo, aumentando as chances de prejudicar a ereção novamente. Dessa forma, o problema pode se amplificar e gerar uma bola de neve, podendo perder a vontade de fazer sexo, ou podemos até sentir o desejo, mas com uma excitação menor, já que nossa mente está em outro lugar. Se você estiver passando por dificuldades nas suas relações sexuais, não deixe de procurar a orientação de um Urologista. O tratamento geralmente é multidisciplinar, envolvendo o médico urologista, os psicólogos e,às vezes, o médico psiquiatra. Saiba que existem soluções para a MAIORIA DOS CASOS! Devemos sempre ter em mente que não podemos subestimar o impacto do psicológico no nosso corpo e na nossa sexualidade.
Além de aconselharmos a ajuda com profissional habilitado, sempre damos dicas simples para vencer a disfunção erétil psicogênica:
– Dieta equilibrada com frutas, vegetais, alimentos antioxidantes ,nutritivos e ricos em vitaminas
– A prática de atividades físicas, regulares 3-4 vezes por semana, com duração de 1hora.
- Procure atividades relaxantes, sair com amigos, diversão com a família, meditação, massagens relaxantes, a fim de aliviar o estresse e estimular a produção de hormônios que facilitam um estado de relaxamento, alívio e euforia!
- Invista sempre em boas noites de sono! Sono saudável e reparadosregula nossos hormônios!